Você sabe como funciona um fundo de Crédito Privado?
Um fundo de crédito privado é uma forma de investir seu dinheiro. Em vez de colocar seu dinheiro em uma conta bancária ou ações de empresas, você coloca seu dinheiro em um fundo que usa esse dinheiro para emprestar para outras empresas. Essas empresas pagam juros sobre o dinheiro que pegam emprestado, e ao pagar, o fundo divide esses ganhos entre os investidores, como você.
Mas, como em qualquer investimento, existem riscos envolvidos. Uma das principais preocupações é que algumas das empresas para as quais o fundo empresta dinheiro possam não ser capazes de pagar de volta. Isso significa que o fundo pode perder dinheiro, e consequentemente, você também.
E se muitos investidores decidem pegar o dinheiro de volta ao mesmo tempo? Pode ser difícil para o fundo vender os empréstimos rapidamente, o que significa que você pode ter que esperar um pouco para receber o seu dinheiro de volta.
Falar sobre a dinâmica destes fundos é extremamente necessário! De tempos em tempos ocorrem eventos de crédito no mercado que fazem com que o risco percebido aumente e assim, o preço caia. E aí, chegamos ao principal acontecimento no mercado brasileiro em janeiro, que já é um dos principais fatos na história do capitalismo brasileiro: o rombo no balanço da Americanas.
A companhia anunciou que haviam inconsistências contábeis na ordem de R$ 20 bilhões, que totalizaria uma dívida bruta de R$ 40 bilhões e esse número já se aproxima dos 50. Isso fez com que o mercado ficasse muito cético quanto às práticas contábeis das empresas de varejo e todo o mercado de crédito passou por uma mudança de preços, com os spreads médios dos títulos de crédito privado subissem e os preços destes caíssem. Afetou tanto os fundos que possuíam dívida da Americanas, quanto aqueles que não.
Além disso, janeiro também foi o primeiro mês de um novo governo, que também gerou muito burburinho no mercado por um aparente embate entre o Presidente Lula e o Ministro da Fazenda Fernando Haddad, com o lado do Chefe de Estado sempre prevalecendo em caso de embates.
No entanto, o conjunto de notícias ruins não se traduziu em perdas na nossa bolsa, o nível de preços de ativos já deprimidos podem “aguentar desaforo” mesmo com notícias ruins.
Embora a tendência fosse de alta, problemas nos comunicados de Fed e Copom sobre dinâmica de juros, fizeram com que o Ibovespa fechasse o primeiro mês do ano negativo após queda de quase 4% na última semana, encerrou janeiro com 108.532 pontos.
A dinâmica nos EUA foi invertida, os dados de criação de emprego no mês vieram muito acima do esperado pelo mercado e derrubaram as bolsas por lá. Já que as expectativas de uma política monetária ainda mais restritiva, derrubam o valor estimado dos lucros das empresas.
Se fôssemos falar sobre todo o mês de janeiro provavelmente teríamos conteúdo para uma carta de 30 páginas, portanto ficaremos com esse resumo e cada vez mais atentos, esse ano promete ser agitado.
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