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11 anos de experiência: onde investir em 2021

A procura pelo melhor retorno e rentabilidade dá margem a inúmeras promessas, é preciso ter cuidado com a armadilha dos “melhores investimentos”

Por Pedro Barreto, assessor e diretor operacional MCI Capital

Estamos entrando no período em que eventos, artigos e entrevistas sobre como e onde investir no ano seguinte começam a ganhar ênfase. Desde o nosso início, ainda como Maceió Trade, em 2009, acreditamos ter ajudado nossos clientes e amigos na construção de portfólios de investimentos que sejam suficientemente robustos para passarem por quaisquer cenários.

Recentemente um grande gestor de recursos disse que tentar prever o futuro faz parte de seu trabalho. De fato, faz, afinal, ao tomar suas decisões de investimentos o que se busca é antecipar os acontecimentos, lucrando, assim, com a materialização da previsão que fora feita no início. Ocorre que a probabilidade de acertos das previsões está diretamente ligada ao tempo dedicado a estudos, pesquisas e reflexões sobre os possíveis cenários traçados e fatores que os influenciam. Mas, ainda que se dedique muito e esteja cercado de pessoas extraordinárias, a aleatoriedade, o imponderável, sempre pode pôr tudo a perder, e não há melhor exemplo do que este ano de 2020.

Com o expressivo movimento de altas das Bolsas ao final de 2019, taxas de juros baixas mundo afora e o processo de financial deepening, capitaneado no Brasil pela Xp Investimentos, vimos, felizmente, o crescimento do interesse por ativos de renda variável e, no ápice da crise, uma aula dos investidores pessoa física ao terem aproveitado as barganhas que surgiram no ápice das incertezas. Mas, ao passo que deixamos (será?) de ser o paraíso dos rentistas que passam a ter que buscar novos investimentos, é necessário buscar o equilíbrio para evitar a atração dos extremos e se deixar levar pelo medo e ganância, os maiores detratores de performance de uma carteira.

Como o dinheiro é um meio e não um fim, a alocação de patrimônio necessariamente deve ser feita de acordo com os objetivos de cada um e aqui se desconstrói a ideia da busca pelo acerto do que de fato vai acontecer porque, na verdade, o correto está em ter uma carteira adequada aos seus objetivos. Otimismo com o desempenho do mercado de ações ou fundos imobiliários pouco adianta àqueles que precisarão utilizar seus recursos no ano que vem. Pessimismos e receios de curto prazo não deveriam ser relevantes àqueles que estão construindo seu patrimônio para os próximos 20 ou 30 anos.

A cada ano de experiência que acumulamos e quanto mais pessoas ouvimos, aumenta nossa convicção de que o equilíbrio é a chave para compor retornos com consistência, que é, no longo prazo, muito mais importante do que encontrar uma ação que lhe dê um retorno de 50% muito rapidamente, mas apenas pontualmente.

Equilíbrio tem a ver, também, com sobrevivência. Alavancagem ou investimentos em ativos cujo prazo de maturação seja distinto daquele que precisa podem gerar perdas permanentes e irrecuperáveis, ferindo a regra principal de Warren Buffett que é a de não perder dinheiro (a segunda regra é não esquecer a primeira). Medo também traz risco. Num mundo de taxas de juros reais (e nominais!) negativas, esperar que a renda fixa seja o principal pilar da construção da sua aposentadoria traz o risco de não se aposentar como gostaria.

Este ano também nos mostrou o início de um processo de internacionalização maior dos investimentos dos brasileiros, que passará por um amadurecimento importante nos próximos anos, dado que tendemos a carregar como expectativa para futuro aquilo que aconteceu recentemente e temos em nossa memória, e, ao que parece, para 2021, é achar que os ações e os índices se valorizarão ininterruptamente com uma volatilidade cada vez mais baixa. Não necessariamente isto irá ocorrer, e caso não, daí virá o amadurecimento.

Perdoe-me se lhe decepcionei ao não ter citado sequer um investimento concreto durante o texto, é que aprendemos neste tempo que não existe “o melhor”, e sim aquele que se adequa ao que precisa. Nosso dia a dia é preenchido por processos de pesquisa, conversa com gestores, leituras e compreensão do que nossos clientes precisam para, então, apresentar soluções.

Nesses longos 11 anos olhando para trás, mas ainda curtos olhando para o futuro, só temos uma certeza: a diversificação, seja por classes de ativos, por gestoras de recursos, países e moedas, é o caminho para não ter que se preocupar com como e onde investir ano que vem.

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